Cimeira G8 em Heiligendamm, Alemanha: as críticas
A principal crítica da Sociedade Civil relacionada com este encontro baseia-se na falta de legitimação democrática. Estes oito países, que em conjunto só reúnem 13% da população global, declararam-se autorizados a decidir sobre o fado de todos. Embora uma selecção de países africanos (Egipto, Argélia, Nigéria, Senegal, África do Sul, Etiópia e Gana, assim como um representante da União Africana e o Secretário Geral da ONU) tenha sido escolhida para participar numa sessão de uma hora e meia sobre África, e uma outra selecção de países (Brasil, China, Índia, México e África do Sul) tenha sido permitida de participar na sessão sobre crescimento e estabilidade na economia global, estes círculos fechados excluem milhões de pessoas, as suas necessidades e preocupações.
Outro ponto crítico são os resultados da cimeira, que para muitos especialistas ficaram aquém das esperanças e das expectativas. Assim, os compromissos acordados não chegam para alcançar os ODMs e evitar o colapso climático. Sobretudo, estes compromissos ficam longe do possível.
Por estes razões e outras, a sociedade civil organizou uma seria de protestos e uma cimeira alternativa, onde uma visão mais abrangente da globalização e suas alternativas foram discutidas. Aqui, estiveram na agenda assuntos não considerados pela cimeira oficial, como a justiça social, ambiente, a situação das mulheres e muitos outros.